domingo, 7 de fevereiro de 2010

Uma noite de verão, um momento na noite dos tempos...





Era uma noite quente de verão, em uma festa eu estava com uma garota maravilhosa. Ela dançava linda para mim, me sorria e me beijava sem parar, Me fez lembrar de um poema de Catulo. Os versos do poeta romano que não saíam de minha cabeça enquanto ela me beijava eram estes:

(...)
Os sóis podem morrer e renascer,
Nós, uma vez que morre a breve luz,
Uma só noite eterna dormiremos.
Me dá mil beijos, em seguida, cem,
(...)

A efemeridade da vida diante da eternidade dos tempos, ou ainda, a efemeridade de um momento diante da duração de uma vida é algo que sempre me deixa absorto. Talvez eu e ela nos esqueçamos desse momento, talvez o manteremos em nossa memória até nosso fim, não sei. Mas mesmo quando a noite perpétua encobrir nossa existência e a breve luz daqueles beijos se apagarem na eternidade dos tempos eles terão existido, mesmo que tenham sido esquecidos...
Pense nisso quando tiver uns lábios doces e quentes colados aos teus assim como tive os dela aos meus.

2 comentários:

  1. Realmente, é interessante pensar que a vida é cheia de momentos, e mesmo que a gente queira que algum momento não tenha acontecido, não conseguimos desfazê-lo. Na vida há também momentos especiais como o que você passou com a sua garota, e esse tipo de momento nós desejamos não esquecer jamais. Eu não a conheço para saber se ela gostaria de ler esse seu texto, mas tenho certeza que ela saberia que você dedicou um momento do seu tempo pensando nela para escrevê-lo. Só o fato de você ter usado um momento da sua vida (momento esse que para sempre terá existido, e nunca será desfeito) já basta para ver que você gosta dela.
    Boa sorte!
    Samara.

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  2. Nooossaaa !!!... que texto perfeito... amei... simplesmente lindo!!!!

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